

Mitos sobre a escravidão no BrasilNo século XIX, vários viajantes europeus escreveram relato sobre a vida cotidiana das cidades brasileiras , mercadas pela presença maciça dos negros escravizados e forros. A visão desses autores ajudou a difundir diversos mitos sobre a escravidão.Um dos mitos foi a idéia de que os senhores compravam escravos de diferentes etinias para evitar que se comunicassem, com o escreveu o pastor ingles Robert Walsh .De acordo com o historiados Manolo Florentino, esse mito surgiu os porque os europeus imaginavam que a estratégia do senhor de escravos seria a mesma dos senhores da Antiguidade romana.Segundo Florentino quanto menor a distância do local de origem, maior a quantidade de escravos que sobreviviam à viagem. Isso explica o grande número de africanos originários do Sudão e do Golfo da Guiné da Bahia e no norte do Brasil.
Famílias na senzala
Outro mito bastante divulgado é a crença de que raramente os africanos escravizados tinham famílias. A família serviria para garantir a paz entre os escravos e senhores.Muitos escravos viviam em senzalas coletivas ou na casa dos senhores, mas era comum que escravos casados tivessem uma moradia separada. Alguns tinham acesso a um pedaço de terra e plantavam alimentos para o consumo da família.De acordo com o historiador Robert Slenes, esse mesmo padrão de moradia podia ser encontrado na África Central, de onde veio o maior número de escravos para o Brasil.Para Slenes, isso demonstra que a família foi um dos elementos que contribuiram para a formação de uma comunidade de escravos em oposição aos senhores.
Formas de resistências
Tanto indígenas quanto africanos resistiram a escravidão durante todo o tempo em que ela existiu no Brasil. Para escapar dela, os indígenas entraram em guerra contra os colonos portugueses.Tantos indígenas como africanos fugiam constantemente do cativeiro. Os escravos fugidos procuramvam-se distanciar das regiões colonizadas pelos europeus, estabelecendo sociedades que na América portuguesa ficaram conhecidas como quilombos.Além das fugas dos quilombos, houve outras formas de resistêncis, como no caso dos escravos de Engenho Santana, em Ilhéus, Bahia.